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IGPs devem voltar a taxas positivas, diz Tendências

11:30 | Jul. 08, 2014
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A despeito de a queda de 0,63% no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) ter sido a mais intensa desde julho de 2009 (-0,64%), o resultado já mostrou que os preços, especialmente no atacado, começam a reagir. "A queda na margem foi mais amena", notou a economista Adriana Molinari, da consultoria Tendências, comparando a taxa com o observado no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) do mês passado, que foi de -0,74%.

"Acredito que vimos o piso no IGP-M. Para os próximos resultados, devemos ver quedas menores, e entre o fim de julho e o início de agosto a taxa já deve ser positiva", afirmou Adriana.

Os preços agropecuários caíram menos no IGP-DI de junho do que no IGP-M do mesmo mês. Os recuos sucessivos neste grupo, que incluem alimentos e matérias-primas importantes no consumo dos brasileiros, já repercutem sobre os preços no varejo, sendo que no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho a Alimentação caiu 0,11%.

"Em julho e agosto, a alimentação no domicílio deve continuar sendo uma contribuição favorável para a inflação", disse Adriana.

O período de entressafra para a cadeia da carne deve fazer com que os preços deste grupo acelerem nos próximos meses. No IGP-DI de junho, os bovinos subiram 1,05%. "Com o período de entressafra e a demanda externa aquecida, os preços devem continuar pressionados", comentou a economista.

Na construção, o fim do impacto do reajuste salarial em São Paulo fez com que a taxa arrefecesse a 0,66%, comentou Adriana.

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