IBGE: alta do dólar em 2013 pesa sobre preço ao produtor
"Em 12 meses, todas as influências são positivas. Apesar do que está acontecendo na margem (deflação de 0,13%), há um carregamento do ano anterior. Houve questões com a soja, principalmente no início deste ano, quando se esperava que o preço caísse e teve a estiagem. As naftas aumentaram e os preços da metalurgia são puxados pelos alumínios. Então, o cenário de longo prazo não tem mudado muito", disse Brandão.
No segmento de calçados, os preços na indústria aumentaram 11,26% nos últimos 12 meses. "A taxa carrega essa influência da desvalorização do real ao longo de 2013", afirmou. No mês, contudo, os calçados tiveram queda, a despeito de sua matéria-prima ter ficado mais cara. "Diante da demanda menor, os empresários recorreram frequentemente a descontos. É um setor que tem enfrentado menor demanda, então diminui preços ainda que a matéria-prima esteja aumentando", explicou.
Nas máquinas, aparelhos e materiais elétricos, a alta em 12 meses é de 12,09%, puxada por refrigeradores, pulhas, motores elétricos e máquinas de lavar. Nesta comparação e também no mês, Brandão atribui parte do aumento à demanda gerada por programas federais de incentivo à compra de itens de linha branca. "Mesmo num momento de crise, algumas empresas conseguem recompor a margem", afirmou.
No caso de refino de petróleo e produção de álcool, a alta de 9,35% em 12 meses (a despeito da queda de 0,48% na margem) ocorre também devido ao reajuste dos combustíveis, concedido no ano passado.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente