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FMI reduz projeção de crescimento do Chile para 3,2%

15:20 | Jul. 22, 2014
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua projeção para o crescimento do Chile, conforme mostra a avaliação anual da instituição sobre o país, divulgada hoje. A expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou de 3,6% para 3,2%, enquanto a perspectiva para 2015 foi mantida em 4,1%, mesmo nível previsto em abril, quando o FMI divulgou o relatório "Perspectiva Econômica Mundial".

"O ambiente global está mudando para o Chile, com uma projeção pior para seu principal produto de exportação, o cobre, e a normalização das condições monetárias globais", diz o FMI no relatório anual. Segundo a instituição, o crescimento tem desacelerado notadamente, resultando em um pequeno hiato do produto. Além disso, o peso se depreciou, alimentando a inflação.

O Fundo alerta que os principais riscos para a economia chilena são justamente uma queda forte e prolongada nos preços do cobre e uma maior volatilidade financeira global. Nesse sentido, as autoridades deveriam manter uma política fiscal basicamente neutra e uma postura monetária acomodatícia. "O espaço para um novo afrouxamento monetário diminuiu, mas ainda existe, se a demanda doméstica se enfraquecer e desde que as expectativas de inflação continuem bem ancoradas."

Segundo o FMI, o governo da presidente Michelle Bachelet, que assumiu um novo mandato em março, tem uma agenda de reformas ambiciosa, incluindo as áreas de tributação, educação, produtividade e energia. "A agenda das autoridades foca nos setores corretos, mas elas continuam trabalhando nos detalhes. Uma clareza maior sobre os detalhes, cronogramas e prioridades reduziria as incertezas e diminuiria os riscos de atrasos", relata a instituição.

De acordo com as novas estimativas do FMI, a taxa de desemprego no Chile deve permanecer em 6,4% este ano e no próximo. Já a inflação provavelmente terminará 2014 em 4,4%, desacelerando para 3% em 2015. E o déficit em conta corrente deve cair de 3,1% do PIB este ano para 2,8% no próximo.

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