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Acordos derrubam exportações brasileiras

10:50 | Jul. 14, 2014
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O Brasil ganha se participar dos dois grandes acordos comerciais em negociação hoje pela maior economia do mundo, os Estados Unidos - com países asiáticos (TTIP) e com a União Europeia (TPP). Um estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria à Fundação Getulio Vargas coloca em números o potencial de vantagens comerciais que traria o engajamento nos acordos e a queda das exportações que o papel de espectador reserva ao País. Quando sair do papel, somente a Parceria Trans-Atlântica de Comércio e Investimentos entre EUA e União Europeia representa uma queda de 10,4% nas vendas externas brasileiras.

Os prejuízos para os exportadores nacionais vão além do fechamento de prateleiras no eixo Atlântico norte, segundo avaliam os professores Vera Thorstensen e Lucas Ferras, no documento obtido pela reportagem.

Isso porque as tarifas praticadas por norte-americanos e europeus não são tão altas, mas proliferam as travas ao comércio conhecidas no jargão técnico como "barreiras não tarifárias". São as normas e regulações que exigem especificações técnicas de produtos como brinquedos, carnes e muitos outros.

A ausência do Brasil nas negociações da Parceria Trans-Pacífico, na qual os Estados Unidos, México e Canadá tentam fechar um acordo com nove países asiáticos dá uma ideia das perdas brasileiras versus ganhos dos envolvidos. Um acordo que envolva apenas cortes de tarifas de importação resultaria numa queda de 0,4% nas exportações nacionais. Se a ambição crescer e os países toparem eliminar tarifas e metade das barreiras não tarifárias, o Brasil deixaria de exportar 5%, cenário que prevê a entrada da China.

"A entrada em vigor do TTIP e do TPP implica uma redução dos fluxos de importação e exportação do Brasil, contribuindo para o isolamento do Brasil do comércio internacional", anotam os professores Vera Thorstensen e Lucas Ferraz, no documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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