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Reunião custará R$ 6,7 milhões ao Brasil

O valor é referente a despesas de hospedagem, transporte das autoridades e infraestrutura
11:19 | Jun. 18, 2014
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A próxima cúpula dos Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que será realizada nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza, deverá reunir 15 chefes de Estado, entre integrantes do bloco e líderes sul-americanos. A estimativa é de o evento custe R$ 6,67 milhões com despesas de hospedagem, transporte das autoridades e infraestrutura.

As atividades se dividem entre Fortaleza e Brasília e devem atrair a atenção internacional. Na cúpula passada, na África do Sul, cerca de 600 jornalistas se credenciaram. Na capital cearense, o Itamaraty já indicou em edital os locais onde os chefes de Estado serão acomodados. De acordo com o texto, há "escassez de hotéis aptos" a receber as autoridades.

Todos eles devem ter a classificação de 5 estrelas, com quarto de dimensão mínima de 100 m². Somente as três diárias da presidente Dilma em hotel em Fortaleza têm valor previsto de R$ 55,5 mil. O transporte de negociadores, diplomatas, ministros e presidentes também será oferecido pelo governo brasileiro, "a título de reciprocidade". Isso porque há o mesmo tratamento em viagens internacionais de Dilma.

O aluguel de veículos teve um custo estimado em R$ 781 mil. A maior despesa, entretanto, é com a organização do evento em si, o que inclui alimentação, aluguel de mobiliário e contratação de profissionais especializados. Na a agenda de atividades em Fortaleza está prevista a criação do banco de desenvolvimento dos Brics, focado em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Em Brasília, haverá reunião com líderes da América do Sul e visita do presidente da China, Xi Jinping.

 

O consultor internacional João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil África, avalia que o evento pode trazer bons dividendos à economia, e que o investimento para a realização do evento não deve ser uma preocupação. “A discussão em torno do valor acho que ela é periférica. (...) E dependendo das respostas desses cinco líderes mundiais, esses 6 milhões de reais serão pouco investimento.”

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Redação O POVO Online

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