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PMI industrial do Brasil recua em maio, diz HSBC

10:50 | Jun. 02, 2014
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O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil caiu para 48,8 em maio, de 49,3 em abril, atingindo o menor nível em dez meses, segundo divulgado pelo HSBC e Markit, nesta segunda-feira, 2. "Quedas constantes no volume de novos pedidos se juntaram a contrações fortes na produção e a perdas adicionais de empregos", diz o relatório.

A categoria de bens de investimento teve o pior desempenho em maio, mas as condições de negócios também se deterioraram nas empresas de produtos semiacabados. Por outro lado, foi notada uma melhoria junto aos fabricantes de bens de consumo. O relatório do HSBC explica que os fabricantes diminuíram a produção devido à redução no volume de pedidos recebidos pelo segundo mês consecutivo.

"A queda recente de produção foi a mais acentuada em mais de dois anos e meio. As evidências ressaltaram um ambiente econômico cada vez mais difícil e uma demanda interna mais fraca", diz o texto. Um fator positivo, no entanto, veio das encomendas recebidas do estrangeiro, que aumentaram pela primeira vez em cinco meses. Mesmo assim, as exportações cresceram em um ritmo marginal, com a absoluta maioria dos entrevistados (97%) relatando uma ausência de mudanças no volume de novos pedidos provenientes do estrangeiro.

O número de funcionários foi reduzido novamente em maio, em meio a relatos de condições contidas de demanda e tentativas de reduzir os custos. Além disso, os fabricantes reduziram seus preços, como parte de tentativas para melhorar a competitividade e obter novos contratos. Os preços de fábrica caíram pela primeira vez em 27 meses, embora ligeiramente. Ao mesmo tempo, a inflação de custo de insumos foi moderada, atingindo o seu ponto mais fraco no atual período de 57 meses de aumento.

O economista-chefe para América Latina do HSBC, André Loes, aponta que o PMI industrial ilustra a fraqueza das condições econômicas. "Os preços dos insumos do setor apresentaram o menor ritmo de alta desde agosto de 2009, quando a economia ainda estava sob os efeitos da crise financeira mundial", afirma.

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