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Mantega: queremos a indústria preparada para novo ciclo

18:30 | Jun. 18, 2014
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quarta-feira, 18, que o objetivo das medidas anunciadas hoje é reforçar a atividade industrial e reafirmou que essa não é a primeira nem a última vez que o governo adotará ações para dar competitividade ao setor. "A maior parte se trata de medidas que estão sendo ampliadas e melhoradas. Estamos no limiar de um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira. Estamos dissipando a crise internacional aos poucos e temos que nos preparar", disse o ministro.

Mantega afirmou que o governo quer que a indústria esteja preparada e seja competitiva para ocupar espaços nos mercados doméstico e internacional. "Por isso ela precisa ter crédito, mão de obra, e ter uma menor carga tributária", completou. Segundo ele, o objetivo do pacote não era "tratar o astral" dos empresários. "Os empresários ficaram muito satisfeitos com as medidas tomadas. Existem questões setoriais que são tratadas a cada momento. É um processo contínuo de se encontrar problemas e soluções. Todo ano nós fazemos medidas novas e medidas de aperfeiçoamento", completou.

De acordo com Mantega, o impacto fiscal das medidas anunciadas hoje será pequeno. "Em geral são medidas para próximo ano, e o Refis tem impacto positivo porque vamos arrecadar mais", completou. Segundo ele, não foi tomada nenhuma decisão com relação ao aumento da mistura de álcool na gasolina.

Argentina

Mantega afirmou que "não podemos nos precipitar" quanto a conclusões envolvendo a situação da Argentina. Nesta semana, o governo argentino foi derrotado na última instância em corte americana na discussão envolvendo os credores que exigem que o calote dado pela Argentina em sua dívida externa em 2001 seja revisto.

"Não podemos nos precipitar. Precisamos ver a solução que a Argentina dará para isso, ainda há espaço para negociação", disse Mantega, após anunciar medidas para a indústria no Palácio do Planalto. "Estamos dentro da normalidade", reforçou.

Questionado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" se havia algum risco para o Brasil, uma vez que nenhum solavanco foi registrado nos mercados nos últimos dias, Mantega afirmou: "Não aconteceu nada com o Brasil e também com a Argentina".

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