Indicador de custos sobe 2,5% no 1º trimestre, diz CNI
O custo de produção cresceu 2,2% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2013 e 8,8% ante os três primeiros meses do ano passado. Um dos fatores que mais contribuiu com o resultado foi o custo da energia, que subiu 5,6% no primeiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores.
Enquanto o custo com energia elétrica aumentou 3,3%, o custo com óleo combustível subiu 12,5%. "Com isso, reverte-se parte da redução proporcionada pelas revisões das tarifas de energia elétrica no início de 2013", avaliou a CNI. O custo com pessoal aumentou 2,8%, maior crescimento desde o primeiro trimestre de 2012. Já o custo com bens intermediários subiu 1,9%.
O custo com capital de giro cresceu 10,9% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2013 e 33,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. "O ciclo de alta que se iniciou no primeiro trimestre de 2013 já reverteu quase completamente a redução verificada entre o terceiro trimestre de 2011 e o final de 2012", diz a CNI.
O custo tributário cresceu 2,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2013. Foi a terceira alta consecutiva, dessa vez, influenciada pelo IPI. Nas anteriores, o destaque foi o ICMS.
Segundo a CNI, os custos industriais no primeiro trimestre cresceram a um ritmo superior ao do preço dos produtos manufaturados. O preço doméstico dos manufaturados avançou 2,1% na comparação com o quarto trimestre de 2013 e 7% em relação aos três primeiros meses de 2013. "Isso sugere uma reversão na tendência de recuperação das margens de lucro da indústria iniciada em 2013", diz a CNI.
A desvalorização cambial, no entanto, contribuiu com a indústria brasileira. O preço dos manufaturados importados se elevou em 3,4% em relação ao último trimestre de 2013. "O aumento dos preços de manufaturados importados superior ao crescimento nos custos da indústria brasileira significa uma melhoria na competitividade da indústria no mercado doméstico", diz a CNI.
Já o preço dos manufaturados nos EUA, em reais, cresceu 4,8%, "o que indica uma recuperação da competitividade internacional da indústria brasileira no primeiro trimestre de 2014 em relação ao último trimestre de 2013".
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente