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FGV: confiança da indústria recua 3,9% em junho

09:00 | Jun. 30, 2014
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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou 3,9% em junho ante maio, passando de 90,7 para 87,2 pontos, divulgou nesta segunda-feira, 30, a instituição. O resultado representa a sexta queda consecutiva e fica cada vez mais distante da média histórica (105,4 pontos), além de ser o pior dado desde maio de 2009 (86,4 pontos).

Na avaliação da FGV, a queda no mês de junho foi principalmente causada pela piora das expectativas para os meses seguintes. Em junho ante maio, o Índice de Expectativas (IE) caiu 5,4%, para 84,4 pontos. A pressão negativa veio da previsão de produção, que registrou recuo de 5,8% em junho, para 100,9 pontos - menor resultado desde a marca de 100,3 pontos de fevereiro de 2009.

Apesar de a proporção de empresas que espera aumentar a produção nos três meses seguintes ao da pesquisa ter aumentado (de 22,4% para 23,6%), o total das que esperam reduzir a produção cresceu mais: de 15,3% para 22,7%.

O Índice da Situação Atual (ISA) também caiu (2,4%) para 90,1 pontos, com influência do quesito nível atual de demanda, que recuou 3,2%, para 84,5 pontos. O nível atual de demanda considerado pelo empresariado em junho é o menor desde abril de 2009, quando chegou a 80,5.

O total de empresas que avalia o nível de demanda como forte passou de 8,3% para 8,5% - relativa estabilidade, na análise da FGV. Já os que consideram o nível atual fraco passaram a representar 24% em junho ante 21% em maio.

"A queda adicional da confiança e a expressiva diminuição do nível de utilização da capacidade no mês sinalizam o aprofundamento do quadro de deterioração do ambiente de negócios que vinha sendo observado ao longo do segundo trimestre. A piora persistente das expectativas, por sua vez, mostra que o empresariado industrial ainda não vê sinais de melhora no curto prazo", destaca a FGV, em nota.

O nível de capacidade instalada (NUCI) recuou para 83,5% neste mês, ante 84,3% em junho. O patamar é o mais baixo desde novembro de 2011, quando chegou a 83,3%. Na margem, a queda de 0,8 ponto porcentual é a maior desde janeiro de 2009 (quando recuou 1,6 ponto porcentual). Para a FGV, o resultado "parece refletir a combinação de demanda enfraquecida e feriados pontuais relacionados à Copa do Mundo".

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