Economias avançadas ajudarão Brasil, diz Marcio Holland
Segundo Holland, apesar de algumas idas e vindas na recuperação mundial, essas economias estão em processo de recuperação "Mesmo que modesta, na Área do Euro há uma recuperação. E a despeito das discussões sobre a normalização da política monetária americana - que tem gerado volatilidade de curto prazo -, o processo de recuperação de médio e longo prazo é importante.Temos que considerar esses movimentos no cenário de investimentos no Brasil", acrescentou.
O secretário destacou que a os leilões de concessões de infraestrutura em logística têm sido bem-sucedidos, porque se tratam de projetos atrativos e rentáveis. "Além disso, há a oportunidade de desenvolvimento de mais instrumentos financeiros, como as debêntures incentivadas, que já somam mais de R$ 12 bilhões. A estabilidade financeira do País facilita a criação desses instrumentos de médio e longo prazo. O alongamento dos balanços é fundamental", completou.
Ele frisou que investimentos em infraestrutura têm sido considerados fundamentais para se sair da crise nas economias avançadas, mesmo com o uso de recursos orçamentários restritos naqueles países. "Imagina no Brasil onde temos oportunidade de investir em diversas áreas, e com baixo uso de recursos do Orçamento. Investir em infraestrutura custa, mas não investir custa muito mais", comentou.
Para Holland, o Brasil mostrou capacidade de resistência muito grande às turbulências globais desde 2008. "E foi uma crise profunda, complexa e prolongada, com nuances e capítulos diferentes ao longo do tempo. Isso demonstra que País está com fundamentos sólidos", avaliou.
Ao citar a estabilidade do País durante a crise, Holland ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro continua sólido, enquanto as taxas de desemprego se deslocaram muito nas economias avançadas. Além disso, o Brasil teria se destacado como um dos principais receptores de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no mundo durante esse período.
Por fim, o secretário destacou que a inflação tem apresentado arrefecimento nos últimos meses. "Em 2014, a inflação cresceu em março e vem caindo sistematicamente desde então. O mercado já prevê estabilidade em 12 meses e queda na inflação, desfazendo a avaliação de que os preços no curto prazo não estavam sob controle. Isso, aliado à baixa inadimplência, ajuda processo de recuperação da confiança para investimentos nos próximos meses", concluiu.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente