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Consumo de serviços por famílias mantém alta em abril

11:30 | Jun. 17, 2014
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Nem a inflação impediu o ganho real dos serviços prestados às famílias no mês de abril. A receita bruta nominal do segmento cresceu 10,4% em abril ante o mesmo mês de 2013, bem acima do aumento de 6,2% do total do setor de serviços para o período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Os serviços prestados às famílias praticamente se mantiveram na mesma taxa de março (10,0%), ainda estão num patamar considerável, bastante expressivo, satisfatório", avaliou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "Mesmo que você tenha aí o efeito preço, a alimentação fora de casa afetada pelo fator inflação, nenhuma inflação vai chegar perto disso, então você tem crescimento real", acrescentou.

Em abril, a modalidade de serviços de alojamento e alimentação cresceu 10,8% em relação a abril do ano passado, enquanto a de outros serviços prestados às famílias subiu 8%. "A massa salarial das famílias continua crescendo, só está crescendo num ritmo menor. As famílias vêm mantendo um padrão de consumo desses serviços ainda num patamar elevado, em termos de atividades turísticas, em termos de alimentação fora de casa", apontou Saldanha.

Outro setor que teve crescimento expressivo no mês foi o de outros serviços, com alta de 9,8%. O segmento inclui atividades imobiliárias, serviços de manutenção e reparação, serviços auxiliares e financeiros, serviços ambientais (de limpeza, água e esgoto, etc). Em ano de Copa do Mundo e eleições, pode ser que a atividade registre aumento na receita por causa da demanda governamental.

"(A atividade) É uma miscelânea, um grupo de atividades que oscila bastante, porque você tem serviços que são contratados. Os serviços ambientais, de limpeza, de água e esgoto, dependem muito de contrato com prefeituras. Esses serviços têm um volume maior de contratação num mês, no outro mês pode diminuir. Vai muito da demanda do setor público", explicou o técnico do IBGE.

Em abril, houve influência dos gastos do governo com serviços ambientais na alta da receita de outros serviços, mas Saldanha disse que não era possível quantificar esse impacto por não haver dados desagregados na pesquisa.

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