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BM&FBovespa vê 2014 como ruim para mercado de ações

11:50 | Jun. 13, 2014
Autor O POVO
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Tipo Notícia
O ano de 2014 está muito negativo para o mercado de ações e as eleições presidenciais devem pesar na decisão de investidores na hora de resolver se participam ou não de ofertas, de acordo com o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Nenhuma abertura de capital foi feita ainda este ano. Neste contexto, ele acredita que não há um momento ruim e que medidas de incentivo pudessem alterar o momento atual uma vez que qualquer mudança que estimule o mercado é bem-vinda independente do momento.

"Esperamos boas notícias para o mercado de capitais da Fazenda na segunda-feira. Será uma surpresa para nós", disse ele, após participar de evento na bolsa paulista. O executivo, porém, não deu detalhes das medidas que devem ser anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento na bolsa, na próxima segunda-feira.

Segundo ele, as notícias a serem divulgadas são do mercado de capitais e não somente para o segmento de ações. Em relação à abertura de capital de empresas menores, Edemir disse que o montante estimado das ofertas varia entre R$ 50 milhões e R$ 120 milhões. O potencial é de 15 mil empresas que faturam até R$ 400 milhões, mas a bolsa mapeou cerca de 220 empresas, conforme ele.

Caso sejam anunciadas medidas de estímulo a ofertas iniciais públicas de ações (IPO, na sigla em inglês) de empresas menores, Edemir afirmou que essa operações não devem ocorrer de imediato. "As empresas devem acessar o mercado a partir de seis meses, um ano, um ano e meio, mas elas já estão trabalhando", explicou o executivo.

O presidente da BM&FBovespa disse ainda que a bolsa fez vários pedidos à Fazenda em relação às ofertas de empresas menores como, por exemplo, somente ações ordinárias e regras de governança. Na quinta-feira, 12, o Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, antecipou que estão para ser divulgadas pela Fazenda a isenção de imposto de renda para investidores pessoas físicas que comprarem ações de IPOs de empresas menores. Outra medida que deve sair, conforme fontes, é a regulamentação de fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) de renda fixa sem come cotas.

No entanto, isso vai de encontro ao o entendimento da indústria de fundos, uma vez que a mesma carrega uma parcela importante da dúvida pública em produtos sujeitos ao come cotas. Há uma dúvida, segundo uma fonte, se o ETF será de título público ou privado.

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