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Abiquim: produção e vendas internas caem no ano até maio

10:50 | Jun. 26, 2014
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Tipo Notícia
A produção de químicos de uso industrial apresenta queda de 7,07% de janeiro a maio de 2014 na comparação com o mesmo período de 2013, segundo dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As vendas internas caíram 2,60% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, na mesma comparação.

A associação pondera que a base de comparação inclui os meses de fevereiro a abril, "que tiveram desempenho ruim e puxaram as médias acumuladas de janeiro a maio de 2014 para patamares negativos", em relação ao mesmo período do ano passado.

De janeiro a maio deste ano, a demanda interna, medida pelo Consumo Aparente Nacional registrou leve queda de 0,3% ante os primeiros cinco meses de 2013. As importações cresceram 11,5% no período. "Como a demanda manteve-se praticamente estável, os números mostram que o produtor nacional perdeu uma fatia ainda maior do mercado doméstico para o produto importado", diz a Abiquim, em nota. Por sua vez, as exportações caíram 13,5% em volume sobre o mesmo período de 2013.

Na média dos primeiros cinco meses, a taxa de ocupação está em 78%, quatro pontos abaixo de igual período de 2013.

Especificamente no mês de maio, a produção cresceu 9,49% sobre o mês anterior, o que aponta recuperação das perdas verificadas em abril, de 8,48%. Se comparado a maio do ano passado, o índice de produção caiu 7,07%. As vendas internas subiram 0,46% em maio, mas sobre a base negativa de abril, em que o índice havia exibido queda de 2,16%. Ante maio de 2013, as vendas recuaram 5,34%.

A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna, afirma esperar que as medidas de estímulo à economia, anunciadas na última semana pelo governo, possam trazer algum alívio ao setor e elevar a competitividade da produção local. "Caso não consigamos reverter o quadro, o Brasil poderá caminhar na direção de desestruturar importantes cadeias produtivas, que são dependentes de produtos químicos nas suas bases de produção", alerta, por meio de nota.

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