MPT interdita parcialmente obras aeroporto de Viracopos
De acordo com Alexandre Polli Beltrami, coordenador do Cerest-Campinas, foi verificado excesso de atividades no mesmo ambiente de trabalho, com várias etapas do serviço se misturando no canteiro de obras. Manobras de caminhões ocorriam à pouca distância de plataformas com trabalhadores suspensos. Materiais pesados eram movimentados sobre as cabeças dos operários, sem medidas de isolamento, com risco de acidentes. "Percebemos que eles estão correndo contra o tempo e estão executando diversos processos simultaneamente e de forma desorganizada. Isso potencializa muito o risco de acidentes", assinalou o procurador do MPT, Mário Gomes.
A fiscalização apurou haver seis mil trabalhadores na obra e ausência de proteções contra quedas, entre elas as chamadas linhas de vida, responsáveis por ancorar os cintos de segurança dos operários. De acordo com o Cerest, o Consórcio Construtor de Viracopos, responsável pela obra, deve regularizar as irregularidades apontadas pela fiscalização para requerer a desinterdição das obras.
Desde o início da ampliação do aeroporto em Campinas, dois trabalhadores morreram no canteiro de obras. Um deles, de 26 anos, morreu soterrado num deslizamento, enquanto o outro, de 19, devido a uma queda. Para a Copa do Mundo, o terminal de Viracopos espera receber 57 delegações de países participantes. O Consórcio informou que as obras do aeroporto seguem os padrões de segurança e que medidas estão sendo adotadas para a continuidade da ampliação.
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