BNDES: desembolso à indústria deverá ser maior em 2014
"A carteira de longo prazo tem uma defasagem em relação aos movimentos da economia", afirmou Neves, após fazer apresentação no XXVI Fórum Nacional, no Rio. Dada a característica de longo prazo, os desembolsos da área são menos voláteis e, de acordo com Neves, nenhum grande projeto em análise pela sua área foi interrompido.
A mudança que deverá ocorrer neste ano na Área Industrial é em relação à composição das taxas de juros da carteira de financiamento. A tendência é a participação da TJLP (taxa de juros de longo prazo, principal custo dos empréstimos do BNDES, hoje em 5,0%) cair.
A mudança é uma reação à nova política operacional do BNDES, lançada em fevereiro, para priorizar (com juros menores, prazos mais dilatados e maior participação no total do investimento) projetos de infraestrutura, inovação e do setor de bens de capital.
Segundo Neves, as mudanças vêm sendo sinalizadas às empresas desde o fim do ano passado. Com a implementação em fevereiro, já houve grandes empréstimos de sua área aprovados pelas novas regras. Perguntado se o BNDES tem recebido críticas dos empresários, Neves respondeu: "Quem recebe a notícia não fica feliz. Mas a Selic subiu, então o custo total fica bom", explicou Neves, referindo-se ao impacto do aumento da Selic no custo dos empréstimos no setor privado, fora do banco.
Ainda de acordo com Neves, o mais recente departamento de sua área, de Bens de Capital, criado na virada do ano, vai bem. A previsão é lançar um programa específico de financiamento, o Pró BK, ainda no primeiro semestre.
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