FGV: recuo do dólar contribuiu para conter preços
"A expectativa é de que o dólar suba ao longo do ano porque condições monetárias internacionais estão se modificando. Mas, no momento, o dólar está na direção oposta", salientou Quadros. "Materiais para a manufatura, insumos industriais sujeitos a câmbio, não devem ter grande aceleração por conta disso", acrescentou.
Para o superintendente, é uma surpresa esse recuo do dólar, dadas as expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos, cuja mudança pode promover uma realocação de capitais, e do possível déficit na balança comercial brasileira. Tais fatos, segundo ele, poderiam desencadear uma desvalorização do real. Mesmo assim, na média de março, o dólar ficou em R$ 2,32609, segundo a FGV, 2,42% abaixo da média de fevereiro.
"O dólar surpreendentemente recuou e não dá sinais de que vá acelerar imediatamente. Com isso, fica cada vez mais evidente que os preços, neste momento, são movidos a estiagem e choque agrícola", disse Quadros.
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