Com impostos maiores, bebidas podem subir 5% no atacado
"Ninguém foi consultado previamente, o anúncio ontem pegou todos de surpresa. O setor recebeu como uma hecatombe", afirmou a fonte do setor, envolvida nas reuniões para formulação da estratégia que será tocada, a partir de agora, para "evitar, a qualquer custo, que esse aumento de tributo comece". O texto publicado no DOU determina que o aumento entre em vigor no dia 1º de junho, menos de duas semanas antes do início da Copa do Mundo no País.
Trata-se do segundo aumento de tributos sobre os fabricantes de bebidas frias em 30 dias. Isto porque, no dia 1º de abril, a antiga tabela de preços sobre os produtos e embalagens foi reajustada em 4% pela Receita. Agora, o governo baixou uma nova tabela. "Aquele aumento de 4% foi trabalhado, conseguimos encaixá-lo na estrutura de custos. Agora não, o aumento foi inaceitável", disse a fonte, que criticou as escolhas do governo. "Bilhões são gastos em renúncia fiscal para setores que estão sempre em dificuldades, enquanto o nosso permanece sem auxílio, ao contrário."
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O reajuste foi anunciado de surpresa, pela Receita, no início da noite de terça-feira. O objetivo do governo é levantar recursos para contrabalançar as despesas crescentes do setor elétrico, que vive uma crise provocada pela estiagem e devido às medidas tomadas pelo governo para obter um desconto na conta de luz. A situação foi agravada com o desempenho aquém do desejado da arrecadação de impostos no primeiro trimestre do ano, que coloca em dúvida o cumprimento da meta fiscal de 2014.
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