Participamos do

Atacado reduziu alta do IGP-M na 1ª prévia do mês

08:30 | Abr. 09, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
A desaceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) na primeira prévia de abril, para 0,72%, de 1,16% em igual apuração de março, foi influenciada pelos preços no atacado, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) reduziu o ritmo de elevação à praticamente a metade, de 1,55% para 0,80%. A principal contribuição nesse sentido foram as matérias-primas brutas, que registraram queda de 0,02% nos preços. No mês anterior, a alta das matérias-primas brutas foi de 2,00%.

Os itens que mais influenciaram a perda de força foram café em grão (24,11% para -3,06%), soja em grão (3,02% para -1,18%) e laranja (10,45% para -13,85%). Apesar disso, ainda aceleraram leite in natura (-2,16% para 4,71%), suínos (-7,95% para 2,59%) e bovinos (2,42% para 3,59%).

A alta das carnes, por sinal, já aparece nos demais estágios de processamento do indicador. Nos bens finais, cuja alta passou de 1,61% para 2,00%, o subgrupo alimentos processados acelerou de 0,98% para 2,56%. Este comportamento foi influenciado principalmente pela carne bovina, que teve alta de 3,67% na primeira prévia de abril, contra 1,14% em igual leitura de março.

Por fim, os bens intermediários também contribuíram para a desaceleração do índice, ao subir 0,36%, contra 1,10% no mês anterior. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura (1,44% para 0,26%) foi a principal influência.

Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,65% na primeira prévia de abril, contra 0,51% na apuração anterior, em março. Segundo a FGV, cinco das oito classes de despesa componentes do índice aceleraram, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (-0,35% para 0,60%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de -19,39% para 7,15%.

Também ganharam força no período os grupos Vestuário (-0,18% para 1,13%), Alimentação (0,99% para 1,07%), Habitação (0,45% para 0,47%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,37%). Os itens que contribuíram para estes movimentos foram roupas (-0,41% para 1,34%), panificados e biscoitos (0,13% para 1,00%), eletrodomésticos e equipamentos (0,28% para 0,93%) e produtos farmacêuticos (0,15% para 3,57%), respectivamente.

Em contrapartida, três classes de despesa desaceleraram: Transportes (0,79% para 0,68%), Comunicação (0,14% para -0,14%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,24%). Em cada classe, as principais contribuições para estes movimentos partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (1,23% para -0,38%), tarifa de telefone residencial (0,01% para -0,41%) e serviço religioso e funerário (1,60% para 0,10%), respectivamente.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,35% na primeira prévia de abril, acima do resultado do mês anterior, de 0,21%, influenciado exclusivamente pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,44% para 0,74%). O custo da mão de obra, a exemplo do mês anterior, não registrou variação.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente