Acrefi: Desempenho do Brasil na Copa influirá no crédito
Já a alta na taxa básica de juros - com a Selic saindo de 7,25% para 11% ao ano desde abril do ano passado - "obviamente afetará o consumo financiado", mas tem um impacto menor que o da inflação, que, segundo Ferreira, "atinge diretamente o bolso do consumidor", afirmou, fazendo referência à diminuição do poder de compra. "O patamar de inadimplência também não está ligado à taxa de juros, mas à situação macroeconômica".
Ainda sobre a inadimplência, Ferreira avalia que a facilidade de crédito foi o vilão da inadimplência no passado, mas considerou que o nível de calote "está num momento bem melhor que em 2012 e 2013", quando houve alta mais acentuada da inadimplência. "A expectativa para a inadimplência é favorável, diante da queda ocorrida desde o ano passado".
Reforma econômica
Ferreira cobrou uma ampla reforma macroeconômica no País em 2015, independente de quem seja o presidente da República. "A (presidente) Dilma (Rousseff) continua como grande favorita, mas com Dilma ou sem Dilma haverá uma mudança grande na situação macroeconômica, dado ao fato de exaustão de modelo de consumo e a necessidade imperiosa de uma economia de investimentos", disse.
Segundo Ferreira, são necessárias "privatizações e concessões de todos os investimentos possíveis previstos para o País", principalmente em infraestrutura, para que economia possa ter um caminho sustentável "e não esse sobe e desce, que gera insegurança ao investidor", completou o presidente da Acrefi. Ferreira cobrou ainda uma reforma política ampla no País, porque, segundo ele, "é impossível governar com essa quantidade de partidos políticos, sem efeitos programáticos", concluiu.
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