Presidente do BID defende reformas estruturais no Brasil
Liderando o encontro anual dos governadores do BID, que está sendo realizado no complexo hoteleiro de Costa do Sauipe, no municÃpio de Mata de São João, litoral norte da Bahia, até amanhã, Moreno comparou o momento atual do Brasil à quele que o PaÃs atravessava na última vez em que esteve na Bahia, há três anos. "Não sei se era uma situação melhor, mas era uma época em que todo mundo acreditava que o Brasil estava decolando, que o PaÃs era referência de crescimento, capa de revista internacional", lembrou. "Esse tempo passou, mas continuo esperançoso."
Segundo o presidente do BID, a conjuntura internacional dificulta a retomada do crescimento no ritmo de há alguns anos, mas há esforços que o Brasil deveria fazer para conseguir avanços mais consistentes. "O tema Â?reformas estruturaisÂ? é daqueles dos quais é muito mais fácil falar do que fazer", ponderou. "Em ano eleitoral, é impossÃvel, em qualquer parte do mundo, fazer reformas profundas, mas, para o futuro, é um dever do Brasil encontrar uma maneira para fazer suas reformas." Moreno citou exemplos de paÃses da região que estão conseguindo promover reformas estruturais - e os apontou como os que mais avançam.
"As reformas conduzem, sem dúvida, a um maior desenvolvimento", afirmou. "A América Latina vai ter um crescimento de 3,5% em 2014, que é uma taxa constante na região, e os paÃses que vão melhor no momento, como a Colômbia, estão promovendo reformas nas suas economias", argumentou. "Todos os paÃses têm de fazer, mas não é fácil. O México tem conseguido fazer grandes avanços nessa área, mas eles construÃram um quadro polÃtico, um consenso, que permitiu essa situação. Foi um processo de muita negociação, que tomou tempo."
O presidente do BID, porém, cita o passado recente do PaÃs para explicar sua esperança no avanço brasileiro. "Percebo algum pessimismo no mercado sobre o Brasil, mas me mantenho otimista, porque se a gente olhar o que aconteceu com o PaÃs na última década, foi algo impressionante, em termos de crescimento e mobilidade social", disse.
"Foram 40 milhões de pessoas que saÃram da pobreza. Isso, claro, gerou tensões sociais, porque é muito difÃcil que um paÃs acomode uma nova realidade como essa com tal velocidade." Outro fator que poderia sinalizar melhores indicadores no futuro do PaÃs, para ele, é a educação. "Nesse contexto, o Brasil está na frente dos outros paÃses da região", avaliou. "Os brasileiros criaram a consciência de que este é um tema importante para o futuro do PaÃs e a sociedade está demandando isso. Isso é fundamental para que as melhorias sejam feitas." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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