FGV: índices de confiança sinalizam 2º trimestre fraco
Apesar de a confiança de alguns setores, como comércio e construção, estarem em campo positivo (na série com ajuste sazonal experimental, já que a FGV ainda não divulga dados do mês contra mês imediatamente anterior), Campelo ressaltou que as expectativas têm mostrado deterioração em todos os segmentos empresariais e também na avaliação do consumidor.
"Todos estão muito desanimados. No momento, há certa dificuldade em imaginar qual seria o tipo de choque que poderíamos ter, já que o caminho da política monetária está dado e na política fiscal também se sabe que precisa fazer ajuste. É difícil imaginar medidas contracíclicas no momento, como redução no IPI", disse Campelo.
"A sinalização é de que as empresas contam com esse período de desaceleração, e como as expectativas estão muito baixas, isso interfere nas decisões de investimento. É como se as empresas e os consumidores estivessem dirigindo, mas com o pé no freio, principalmente nas decisões de contratação e investimentos", acrescentou.
Para o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, o fato de 2014 ser ano eleitoral só joga mais um pouco de incerteza no cenário. "Há um quadro incerto sobre a sucessão", disse.
Segundo Campelo, o baixo nível de atividade econômica, a taxa de juros em alta, a menor rentabilidade das empresas e o fator incerteza em relação à economia interna jogam a confiança dos empresários e dos consumidores para níveis comparáveis a 2009, quando o País sentia os efeitos da crise financeira nos Estados Unidos.
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