Melhora não compensa o �efeito argentina�
Os produtos manufaturados respondem por 35% das exportações brasileiras e um corte de 10% nas importações por parte da Argentina, um dos principais compradores de manufaturados brasileiros, deve afetar as exportações do Brasil, explica Castro. Ele diz que o impacto nas exportações de manufaturados para a Argentina não deve aparecer imediatamente nas estatísticas de exportação porque existem contratos fechados de vendas externas que devem levar algum tempo para expirar.
Para este ano, a AEB projeta que as exportações brasileiras somem US$ 239 bilhões, com recuo de 1% em relação a 2013. E as importações totalizem US$ 231,8 bilhões, cifra 3% menor na comparação com 2013. O saldo comercial esperado pela entidade é de US$ 7,2 bilhões, sem considerar a crise da Argentina. Nas contas de Castro, a crise argentina pode tirar entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões das exportações e US$ 2 bilhões do saldo da balança comercial.
Diferenças
O cenário positivo que começou a ser desenhado para as exportações de manufaturados é resultado de diferentes fatores. A melhor perspectiva para o setor de celulose reflete, por exemplo, a reação da demanda externa e o câmbio não tem tanto impacto, diz o presidente da AEB. Já calçados, móveis e confecções refletem o impacto do câmbio.
Na indústria química, por exemplo, a desvalorização do real e a melhora da economia mundial mudaram o ânimo do setor. Após ter registrado um déficit comercial histórico de US$ 32 bilhões em 2013, a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, diz que o limite "foi atingido". Ela considera que as exportações do setor cresçam 9% este ano, após queda de 4,6%.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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