Comperj, no Rio, amanhece com greve de trabalhadores
Manifestantes tentam bloquear a passagem de ônibus com trabalhadores, caminhões de abastecimento e carros corporativos entrando na Rodovia RJ-116, que dá acesso ao Comperj. Há empresas deixando trabalhadores nas imediações, para não cair no bloqueio.
O protesto segue sem conflito, apesar do clima tenso. Operários disseram que o número de manifestantes está mais reduzido hoje do que na quinta-feira, 6, pois algumas empresas liberaram trabalhadores, seja para enfraquecer o movimento ou por folgas já programadas.
Um dos lideres do protesto, Samuel Souza, reclama que trabalhadores são descontados pelo sindicato, mensalmente, entre RS 30 e RS 60, além do desconto de um dia de trabalho para o sindicato já previsto por lei. "Numa média de RS 45 por mês e 25 mil funcionários, imagina quanto não dá isso?", disse.
Os operários acusam o sindicato de sabotar a negociação salarial em prol dos consórcios de empresas contratadas pela Petrobras para erguer o complexo. Disseram que o Sinticom não convocou assembleia de trabalhadores para discutir o dissídio.
Maria de Lourdes Rodrigues, sindicalista e soldadora aposentada, diz que o dissídio venceu em 1º de fevereiro. "Depois de 28 de fevereiro, vira greve abusiva, tem de aceitar o que o patrão quer", disse ela, da oposição metalúrgica de Niterói.
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