AEB: peso negativo do setor externo no PIB era esperado
"A exportação de sete plataformas ajudou a amenizar esse resultado", disse Castro, para quem a contribuição do setor externo poderia ter sido ainda mais negativa sem a contabilização desses embarques "fictos" - as plataformas não deixam o País. Além disso, a desvalorização do real no segundo semestre não provocou grande impacto nas importações do ano passado. Castro espera que o dólar mais caro reflita apenas nos dados de 2014.
Neste ano, o presidente AEB espera um comportamento mais neutro do setor externo, oscilando entre uma contribuição de -0,1 pp e +0,1 pp no PIB. Apesar disso, a expectativa de superávit na balança comercial de US$ 7,2 bilhões (divulgada em dezembro) está com viés baixista, devido à situação na Argentina e na Venezuela.
"Tem uma série de novas variáveis que fazem com que revisemos essa projeção para baixo", disse Castro, acrescentando a desaceleração da China e o aumento de produção de minério de ferro na Austrália. "Até a hipótese de haver déficit comercial não pode ser descartada", afirmou. Mesmo assim, as importações devem ser freadas neste ano, em função do câmbio mais desvalorizado e do consumo das famílias perdendo fôlego.
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