Japão planeja estímulos para compensar alta de imposto
O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse repetidas vezes que a elevação do imposto sobre vendas de 5% para 8% em abril de 2014 não vai prejudicar a incipiente recuperação da economia do país nem dificultar o objetivo de atingir uma inflação anual estável de 2,0% dentro de dois anos.
Essa visão é amplamente compartilhada pelas autoridades do BoJ, mas também existem dentro do banco central alguns receios de que a atividade corporativa e os gastos dos consumidores serão restringidos, como foi visto na deterioração da economia do Japão em 1997 quando o imposto sobre consumo foi elevado de 3% para 5%.
O governo planeja implementar medidas de estímulo fiscal para evitar que a economia saia dos trilhos e fique difícil dar fim aos vários anos de deflação que assolam o país. E, segundo fontes ouvidas pela Market News International, o governo quer que o BoJ também tome medidas nessa direção.
"A diretoria (do BoJ) decidiu usar a política monetária para elevar as expectativas de inflação. Os formadores de política devem considerar uma intensificação da política de relaxamento se julgarem que a política atual não é suficiente para se atingir a meta de inflação", afirmou uma pessoa ligada ao BoJ. A fonte acrescentou que o banco central japonês pode enfrentar essa escolha já em janeiro e não somente em abril como esperado.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, tomará uma decisão final sobre a viabilidade da planejada elevação do imposto sobre vendas no dia 4 de outubro, antes da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Fonte: Market News International.