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IBGE: alta da produção industrial se aproxima do pico

11:24 | 01/08/2013
Com o crescimento de 1,9% da produção industrial em junho ante maio, o setor se aproxima do pico histórico do índice de base fixa alcançado em maio de 2011, que foi de 131,45, segundo o coordenador de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Luiz Macedo. "Estamos apenas 1,6% abaixo do pico", disse.

O técnico explica que o resultado positivo do setor foi puxado principalmente pelo segmento de bens de capital, que registrou em junho uma expansão de 6,3% frente maio. "A velocidade de crescimento de bens de capital tem sido bem superior da do resto da indústria. O segmento apresenta uma expansão de 18,3% desde dezembro, contra uma média da indústria de 3,2%", disse.

Macedo lembra que bens de capital está perto do pico histórico do índice de base fixa do segmento, que foi alçado em março de 2011, de 196,32. "O resultado de junho mostrou uma recuperação frente à perda de ritmo da indústria em maio", explicou.

O técnico pondera que a produção industrial operou em um patamar superior no segundo trimestre frente ao primeiro trimestre. Apesar de positivo, ele lembra que diante de outros indicadores, como de confiança do empresariado, é preciso guardar uma "certa cautela com o movimento do ano".

Macedo disse que o setor apresenta uma grande volatilidade nos resultados este ano. Mesmo assim, a produção acumula no ano um saldo positivo e bem disseminado entre as categorias de uso.

O crescimento da produção industrial no mês de junho foi o mais disseminado desde junho de 2008, segundo o IBGE. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) mostrou que 22 das 27 atividades acompanhadas registraram um aumento da produção. Para André Macedo, esse perfil mais disseminado é positivo para o setor. Entre as atividades que mais cresceram estão a produção farmacêutica (8,8%), de máquina e equipamentos (3,2%), transporte (8,3%) e veículos automotores (2%).

Macedo lembrou que a média móvel trimestre da produção industrial acumula seis resultados positivos consecutivos. "O segmento apresenta uma trajetória ascendente desde dezembro", disse. Segundo o técnico, o maior vigor da indústria este ano vem, principalmente, do aumento da produção de caminhões e automóveis.

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