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Congonhas tem nova manifestação

08:42 | 08/08/2013
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) fechou, ontem, 7, acordo com a TAM na tentativa de amenizar os efeitos das demissões de 811 pilotos, copilotos e comissários de bordo. Mas a entidade que reúne os aeronautas de São Paulo, grupo dissidente e que mantém uma disputa com o sindicato nacional, discordou dos termos do acordo e voltou a fazer manifestação nesta quinta-feira, 8, a partir das 5 horas da manhã, com o objetivo de suspender as demissões.

De acordo com João Pedro Passos de Sousa Leite, presidente do Sindicato dos Aeronautas de São Paulo, mesmo após a reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, não houve nenhuma sinalização por parte da empresa de que pretende interromper o PDV. "Esse é apenas o primeiro estágio das demissões", afirmou, ressaltando que a categoria não consegue encontrar justificativas que expliquem a decisão. "É muito estranho a companhia querer perder espaço para a concorrência justamente às vésperas da Copa do Mundo." Segundo Leite, o ministro se comprometeu a fazer o que fosse possível para evitar demissões.

Acordo. A TAM informou, ontem, em nota, que o "ajuste" incluirá um programa de demissão voluntária (PDV), além de licenças não remuneradas. A decisão busca "garantir a sustentabilidade do negócio", segundo o comunicado. "A companhia convive com alta significativa dos custos, o que a levou a reduzir a oferta, no acumulado de 2011 até agora, em 12% no mercado doméstico", afirmou a TAM.

Aprovado em assembleia, o acordo é defendido pelos sindicalistas da entidade nacional. "É um direito legítimo da empresa. Eles tiveram prejuízo de bilhões em dois anos. Torcemos para que o PDV chegue a 811", disse o presidente do SNA, Marcelo Ceriotti. "Se não chegar a esse número, haverá demissões de acordo com a convenção coletiva, sem benefícios adicionais."

Os termos do acordo devem ser apresentados nesta quinta-feira, em audiência no Ministério Público do Trabalho, em São Paulo. A TAM informou que o PDV beneficiará apenas tripulantes de aeronaves Airbus. Haverá uma indenização adicional, seis meses de plano de saúde e três passagens aéreas, além de apoio à "transição na carreira". A licença valerá por 18 meses, prorrogáveis por mais um ano. Nos primeiros seis meses, haverá garantia de plano de saúde. Bilhetes aéreos seguem garantidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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