Bradesco prevê Selic entre 9,5% e 10,5% em 2013 e 2014
O economista reiterou a alteração na previsão para o IPCA de 2013, com base no novo cenário de câmbio em torno de R$ 2,30 e R$ 2,35 e reforçou a previsão de PIB de 2,3% no ano.
Barros comentou que os investidores de portfólio "têm uma baixa tolerância com o Brasil" no que tange a desvios de conduta macroeconômica, por conta do histórico do País. "O passado condena o Brasil. A intolerância com o Brasil é maior do que com outros emergentes." Ele afirmou que, quando o investidor percebe que a taxa de câmbio está depreciada, vê um sinal de que "tem problema".
"A ideia de reverter a situação com paulada de juros me parece ingênua. Não vai ser um aumento forte de juros que vai interromper a depreciação do real", disse Barros em sua palestra. Ele afirmou que acredita que a percepção de que não é hora de choque de juros vai se confirmar. "Um movimento abrupto de juros poderia causar ainda mais pânico no mercado. É hora de serenidade, turbulências passam", completou.
O Bradesco projeta que a Selic termine tanto 2013 como 2014 entre 9,5% e 10,5%. O fim do ciclo de altas deve acontecer ou em outubro deste ano ou em fevereiro de 2014, segundo o economista.