BNDES precisará de mais crédito do Tesouro, diz Coutinho
Segundo o diretor de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, inicialmente o banco previa liberar um valor semelhante ou com ligeiro crescimento em relação ao de 2012, quando foram desembolsados R$ 156 bilhões. "Essa perspectiva está um pouco acima (da inicial) porque o primeiro semestre surpreendeu positivamente", afirmou Coutinho.
Sem adiantar valores, Coutinho disse que os desembolsos de julho foram fortes. "No ano passado, julho foi forte. Este ano, foi igualmente forte. Não há indicação de tendência. A expectativa é de manter o ritmo em agosto", disse.
O executivo creditou o crescimento à atuação anticíclica do BNDES, substituindo os bancos privados em um momento em que eles moderam seu crescimento do crédito. Para 2014, Coutinho disse esperar um maior compartilhamento com o setor privado, numa convergência das taxas de expansão do crédito do setor público e privado.
Para manter o crescimento, o BNDES precisará de "suplementação" de funding e já está em "tratativas" com o Ministério da Fazenda. Coutinho não quis antecipar valores. "Estamos olhando a composição de fontes. Para agosto e setembro, estamos tranquilos", disse, destacando, porém, que o cenário externo não favorece captar no mercado internacional. Ainda segundo o presidente do BNDES, o banco não precisará de novas capitalizações este ano para aumentar o patrimônio de referência.