BC: segurança em operações imobiliárias é confortável
Odilon estima que há espaço para crescimento do crédito imobiliário no País, tendo em vista que sua participação diante do Produto Interno Bruto (PIB) é de apenas 7,5%, patamar abaixo do verificado em outras economias emergentes. "Espera-se que o crédito imobiliário siga em trajetória de crescimento, dada a sua baixa representatividade em relação ao PIB".
Odilon mencionou que está sendo estudada pelo BC uma série de medidas sobre portabilidade dos financiamentos, com o objetivo de aumentar a eficiência das operações, o que também poderá incentivar a redução dos spreads bancários e dar um alívio ao endividamento das famílias compradoras de imóveis.
Outro ponto em estudo, segundo ele, é a introdução das Letras Financeiras Imobiliárias (LFI) no mercado, que funcionarão de maneira semelhante aos covered bonds europeus e serviria como um instrumento adicional para compor o funding do crédito imobiliário, cuja origem atualmente está concentrada nas cadernetas de poupança e no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
"Ainda que o crescimento dos depósitos em poupança tenha afastado o receio de esgotamento do funding, é preciso buscar alternativas para o médio e longo prazos", afirmou, acrescentando que o Banco Central apoia iniciativas que visem dar maior segurança ao setor e ampliar a oferta de funding.