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Para FMI, só reforma fará Brasil ter crescimento sólido

08:23 | 09/07/2013
O segundo semestre será mais "estável" para a economia brasileira. Mas isso não impedirá que o País tenha sua taxa de crescimento revista para baixo pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nem será suficiente para marcar uma recuperação, na avaliação de instituições internacionais, que alertam que, para voltar a ter uma expansão robusta do Produto Interno Bruto (PIB), o governo brasileiro terá de "remar mais rápido".

Na segunda-feira, 08, tanto o FMI como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) confirmaram que a economia passa por uma "desaceleração" e alertaram ainda para a necessidade de que o governo amplie reformas estruturais para garantir que a expansão do PIB possa voltar a ocorrer. Em declarações em Genebra, o número 2 do FMI, Min Zhu, não deixou margem para dúvidas: "Há uma desaceleração no Brasil".

Para ele, as políticas adotadas pelo governo permitirão que haja uma certa estabilização da situação no segundo semestre do ano, evitando uma contração do PIB. "O mercado financeiro tem sido volátil nos últimos tempos e se estabilizou, o que é uma boa notícia. Estamos vendo que o Brasil tomou políticas para estabilizar seu crescimento, o que também é bom", disse Min, subdiretor-gerente do Fundo. "Mas é importante adotar novas políticas. Como um país emergente, o Brasil precisa se preparar para uma queda na demanda doméstica."

Min alerta que a volta de um crescimento robusto apenas viria com novas reformas e que, pela atual previsão, a estabilização do segundo semestre não será uma recuperação e não conseguirá compensar o desempenho do início do ano.

Também na segunda-feira, um informe da OCDE revelou um cenário contrário ao que se viu nos últimos quatro anos: países ricos começam a dar sinais de recuperação real de suas economias, enquanto são justamente os emergentes que apresentam freios importantes na expansão do PIB.

O Brasil aparece ao lado da Rússia como as únicas duas economias que apontam para uma perda do ritmo de crescimento econômico entre os principais mercados do mundo. Para a OCDE, a expansão econômica nos EUA e Japão está se consolidando e mesmo na Europa a situação dá sinais de se estabilizar, incluindo a Itália. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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