Empresas do Triângulo Mineiro têm cargas paradas
É o caso do Grupo Peixoto, de Uberlândia, que já contabiliza os prejuízos. De acordo com o supervisor de Transferência e Planejamento, Controle e Produção (PCP), Paulo Henrique Pereira Araújo, essas manifestações têm grande impacto desde domingo, 30, e travaram alguns setores da empresa que opera para quase todos os Estados do País. "Estamos com quatro veículos vazios parados nesses bloqueios e com cargas aqui prontas para embarcar", afirma.
A companhia também tem carregamentos de secos e molhados a serem mandados em três carretas para Feira de Santana (BA), mas os bloqueios nas pistas impedem o envio da mercadoria. Segundo Araújo, no total, são 31 veículos grandes em operação, e não é possível dizer ainda a perda financeira, mas ela vai aumentando enquanto a situação não é resolvida.
Crítica
Assim como entidades de outras áreas, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Triângulo Mineiro também criticou a manifestação dos caminhoneiros. Ari de Souza, que preside a instituição, diz que o prejuízo é mais imediato para o setor de atacado, que tem um fluxo maior de entrada e saída de produtos. Entretanto, ele afirma que o setor de transporte também deve ser atingido conforme o problema persista. "Muitas vezes são reivindicadas situações que daria para se resolver na base da negociação", afirmou.
Fechadas
Em Minas Gerais, muitas rodovias enfrentam os protestos dos caminhoneiros. À tarde a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizava bloqueios em sete trechos diferentes. Os principais deles na BR-040, que liga o Estado ao Rio de Janeiro, e na Rodovia Fernão Dias, BR-381, que liga Minas Gerais a São Paulo. Em todos os locais há registro de congestionamentos.