Demora em renovação de contratos pode prejudicar setor
"Existe essa preocupação porque algumas companhias que têm contratos vencendo em 2015 e 2016 já estão encontrando dificuldades para negociarem a renovação de financiamentos ou tomarem novos empréstimos", disse o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.
Segundo ele, 37 dos 63 contratos de distribuição em vigor no País vencem entre 2015 e 2016, incluindo alguns de grupos importantes como Cemig, Copel, Celg, Celpa e as federalizadas da Grupo Eletrobrás nas regiões Norte e Nordeste. "Se não se sabe como a renovação das concessões será feita, as empresas não têm como oferecer garantias, o que gera uma insegurança muito grande. É importante que o governo decida sobre isso o mais rápido possível."
Critérios. O executivo reclamou que as empresas não têm nenhuma informação a respeito dos critérios que o governo pretende utilizar no processo. "Há boato de que indicadores de qualidade poderiam ser considerados, mas ainda não fomos oficialmente chamados para conversar sobre isso."
Diferentemente da renovação de contratos de geração e transmissão, a ampliação das concessões de distribuição não deve ter impacto significativo nas contas de luz, já que as tarifas cobradas são reajustadas anualmente e passam por revisões periódicas a cada quatro anos. Nesses ciclos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já repassa para os consumidores os ganhos de eficiência dessas concessões e a amortização dos investimentos realizados pelos concessionários.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.