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IDV prevê alta de 6,4% a 8,3% nas vendas até agosto

12:12 | 25/06/2013
O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) espera recuperação das vendas no varejo nos próximos meses. O Índice Antecedente de Vendas (IAV), calculado pelo Instituto, aponta para altas de 6,4% a 8,3% entre junho e agosto. Também aponta para um restabelecimento do volume de vendas de bens não duráveis a partir de maio. O consumo vinha sendo prejudicado pela inflação de alimentos. Para junho, o Instituto espera crescimento de 5,6% desse segmento ante o mesmo mês do ano anterior.

Os semiduráveis compõem o grupo com desempenho mais constante no período. Os associados do IDV falam em uma alta de 9,7% em junho e de 9,4% em julho. Para o setor de bens duráveis, a estimativa é de 5,2% para junho e o mesmo índice para julho.

As perspectivas positivas para as vendas de grandes varejistas associadas ao IDV não consideram os possíveis impactos da recente alta do dólar ante o real nem perdas com as manifestações em diversas cidades brasileiras na última semana.

Marcos Gouvêa, fundador e diretor-geral da GS&MD, consultoria responsável pela compilação dos dados, destaca que a coleta foi anterior ao crescimento das manifestações e à alta do câmbio. "Fosse esse dado apurado esta semana, a projeção para julho e agosto seria um pouco mais cautelosa", destacou. Apesar disso, ele ponderou que é difícil estimar com precisão qual o impacto dos dois eventos no varejo.

Flávio Rocha, presidente do IDV e da Guararapes/Riachuelo, afirmou que as lojas da rede de varejo têxtil funcionaram apenas 90% do tempo que normalmente funcionariam durante a última semana. Ele ponderou que, além do tempo perdido, há um impacto ainda maior por causa da perda de confiança do consumidor. Rocha destacou ainda que uma das lojas em shopping de Natal chegou a correr risco de depredação durante manifestação na cidade, mas que foi protegida por seguranças.

Apesar de destacarem as incertezas, Rocha e Gouvêa sustentaram que acreditam na recuperação do volume de vendas nos próximos meses. Em maio, as vendas do varejo ficaram abaixo do esperado, com alta de 4,4% segundo o IDV. Os executivos destacaram o impacto de um Dia das Mães mais fraco do que o esperado.

Na opinião de Fernando de Castro, vice-presidente do IDV, maio também foi o período em que aumentou a incerteza dos consumidores quanto a renda, emprego e inflação. Na opinião dele, porém, foi uma reação imediata e as compras da famílias devem voltar conforme as pessoas se acostumem com o atual ambiente macroeconômico.

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