Força Sindical: Vetos à MP dos Portos foram 'desleais'
A nova lei foi sancionada nesta quarta-feira, 5, com 13 vetos. Dilma derrubou as principais mudanças incluídas no texto aprovado pelos parlamentares. A prorrogação obrigatória dos contratos de arrendamento, novos e antigos, assim como a criação do terminal-indústria, que movimentaria apenas carga própria, ficaram de fora da lei.
Outros pontos rejeitados referem-se a temas negociados entre governo e trabalhadores portuários, como a intermediação dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos) na contração de trabalhadores para embarcações de navegação interior e a obrigação de que a vigilância e a segurança do porto organizado fossem feitas pela guarda portuária.
"Vale lembrar que, numa reunião realizada no dia 11 de abril deste ano no gabinete do senador Eduardo Braga - relator da MP dos Portos -, com a presença de representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, do Ministério do Trabalho e Emprego e das Centrais Sindicais, foi estabelecido um acordo que beneficiaria os portuários e o País", cita a nota.
"Infelizmente o acordo não foi cumprido. O governo não honrou o pacto que foi estabelecido e assinado, deixando uma sensação de desonestidade. Ficou claro que, no dicionário do governo federal, a palavra acordo significa mentira", critica.
"Diante da ruptura do entendimento, os trabalhadores irão reforçar a luta, acreditando na sensibilidade social dos parlamentares e na apreciação dos vetos pelo Congresso Nacional, a fim de articular a derrubada dos vetos presidenciais", afirma a entidade.