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Bolsas de NY fecham em queda antes de dado de emprego

17:42 | 05/06/2013
As bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta quarta-feira, 5, seguindo a tendência dos mercados internacionais. Traders afirmaram que o expressivo recuo não foi uma reação a alguma notícia específica, mas sim uma demonstração de cautela antes do aguardado relatório de emprego dos EUA e em meio à incerteza com o futuro da política monetária do Federal Reserve. Os índices, no entanto, acentuaram a queda após a divulgação do Livro Bege do banco central norte-americano.

O índice Dow Jones caiu 216,95 pontos (1,43%), fechando a sessão em 14.960,59 pontos e registrando a maior queda em pontos desde 12 de abril. O S&P500 perdeu 22,48 pontos (1,38%), para 1.608,90 pontos. E o Nasdaq recuou 43,78 pontos (1,27%), encerrando em 3.401,48 pontos. "Isso é mais uma greve de compras do que uma onda de vendas", disse Viren Chandrasoma, do Credit Suisse. "As pessoas não estão dispostas a colocarem seu dinheiro agora."

O movimento generalizado de queda começou no Japão, com o índice Nikkei despencando 3,8%, e continuou na Europa, onde o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,5% e a Bolsa de Londres perdeu 2,1%. No mercado de renda variável europeu, a preocupação relacionada ao futuro da política monetária do Federal Reserve ofuscou os dados sobre a atividade econômica, especialmente no setor de serviços, que surpreenderam positivamente em alguns países.

Os compradores aguardam o relatório de emprego do governo norte-americano, que será divulgado na sexta-feira. Hoje, o relatório da ADP sobre criação de empregos no setor privado decepcionou. O setor privado dos EUA criou 135 mil empregos em maio, abaixo da previsão de 170 mil novas vagas. Além disso, o resultado de abril foi revisado para criação de 113 mil postos de trabalho, em vez de 119 mil como informado antes. Os dados da ADP são considerados um indicador do relatório mensal sobre o mercado de trabalho do governo dos EUA, que engloba também o setor público e dará um direcionamento maior sobre o possível rumo da política monetária do Fed.

"Um relatório ruim pode adiar toda essa conversa de redução de compras de bônus", disse Peter Tuz, presidente do Chase Investment Counsel.

Separadamente, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM) divulgou que o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA subiu para 53,7 em maio, acima da estimativa de 53,5, mas o subíndice de emprego caiu para 50,1, de 52,0.

As bolsas acentuaram as quedas após o Fed divulgar seu relatório Livro Bege, no qual afirma que a economia dos EUA continua a se expandir em um ritmo "modesto a moderado". O tom do estudo foi otimista, apontando a expansão da atividade manufatureira na maioria dos distritos e o crescimento do crédito bancário.

Esse relatório, compilado pelo Fed de Minneapolis, servirá de base para as decisões da próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), nos dias 18 e 19 de junho. Como o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse no fim do mês passado, as compras de bônus promovidas pela instituição podem ser reduzidas nos próximos meses, se as condições econômicas assim permitirem. "Nas últimas semanas, as notícias boas são ruins e as notícias ruins são ruins, com o começo da conversa sobre redução das compras de bônus ganhando destaque", afirmou Sean Lynch, estrategista do Wells Fargo.

No noticiário corporativo, as ações da Apple recuaram 0,9% após a Samsung obter uma vitória judicial contra a empresa, marcada pela declaração da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos de que alguns produtos da fabricante do iPhone violaram uma patente da Samsung.

A General Motors caiu 2,7% após o Tesouro dos EUA informar que vai vender mais 30 milhões de ações da montadora. Fonte: Dow Jones Newswires.

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