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Andrade diz que estrutura da Anater 'será enxuta'

16:35 | 04/06/2013
Brasília - O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse nesta terça-feira que a nova Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), a ser criada pelo governo, terá uma estrutura "enxuta". Andrade afirmou que objetivo é possibilitar que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a qual a nova agência estará subordinada, leve as tecnologias aos produtores rurais por meio de parcerias com as empresas públicas e os escritórios privados que prestam serviços de assistência técnica no campo.

Andrade afirmou que 22 anos depois o governo federal não pretende ressuscitar a Empresa Brasileira de Extensão Rural e Assistência Técnica (Embrater), extinta no governo do ex-presidente Fernando Collor. Ele explica que, por meio da Anater, que atuará em conjunto também com ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, o governo pretende "pegar tudo de bom que a Embrapa tem e levar aos nossos produtores; e ao mesmo tempo conhecer quais são as demandas por pesquisa nas regiões brasileiras", disse ele.

Ao ser questionado sobre a manutenção dos juros em 5,5% para a maioria das linhas de crédito, o ministro preferiu destacar que o governo na safra passada reduziu os encargos dos financiamentos em 1,5 ponto porcentual e que nesta safra não elevou nenhuma taxa, além de reduzir para alguns programas, como armazenagem, irrigação e compra de máquinas, que ficaram em 3,5% ao ano. Em relação à revisão dos preços mínimos de garantia, como reivindicam os produtores de algodão, Antônio Andrade afirmou que o tema não entrou no Plano de Safra e será analisado pelo Conselho Monetário Nacional na próxima semana.

O governo anunciou nesta terça-feira que irá investir R$ 500 milhões na modernização e duplicação dos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas não detalhou onde serão realizados os investimentos. Andrade apenas disse que está previsto investimento de R$ 150 milhões na reforma de 84 armazéns, inclusive os situados na região do semiárido, onde o governo enfrentou problemas para atender os produtores atingidos pela seca, porque as unidades não estão equipadas para estocar milho a granel. Ele afirmou a Conab vai construir 10 armazéns de preferência nas regiões de consumo do milho.

Em relação ao controle da inflação, o ministro destacou o programa Inova Agro, que incentivará o uso de tecnologias no campo, pois uma das linhas destacadas pela presidente Dilma Rousseff é o cultivo protegido (em estufas) legumes e hortaliças, pois contribui para atenuar os efeitos das intempéries sobre os preços. Ele cita como exemplo a alta de preços do tomate neste ano, que foi provocada pelo excesso de chuvas em determinadas regiões e pela estiagem em outras.

Um dos pontos destacados pelo ministro da entrevista coletiva foi o aumento de 75% no montante de recursos (para R$ 700 milhões), que será destinado à subvenção dos prêmios pagos pelos produtores para ter acesso ao seguro rural, que em alguns casos pode chegar a 60%. Andrade afirmou que haverá uma mudança nas regras do seguro e a partir deste ano os recursos não serão mais repassados às seguradoras, que normalmente procuram os clientes. Ele explicou que o Ministério da Agricultura e os produtores rurais irão decidir quais culturas e quais regiões terão prioridade no seguro. O governo prevê aplicação de R$ 525 milhões para regiões e produtos prioritários, com subvenção de 60%, e R$ 175 milhões para as demais regiões e produtos, com subvenção de 40%.

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