Polícia não cumpre reintegração em Belo Monte
Os manifestantes, indígenas, ribeirinhos e pescadores, lançaram nesta sexta-feira nova carta reafirmando a pauta reivindicatória. No documento, eles afirmam que não querem negociar com o CCBM, nem com a Norte Energia. "Nós estamos aqui para dialogar com o governo. Para protestar contra a construção de grandes projetos que impactam, definitivamente, nossas vidas", afirmam num trecho.
O Sítio Belo Monte, da usina, está ocupado e com as atividades paralisadas desde esta quinta-feira. Os ocupantes querem regulamentação da consulta prevista na convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a suspensão "imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos Rios Xingu, Tapajós e Teles Pires".
No mesmo dia, por medida de segurança, o CCBM, de acordo com a assessoria, suspendeu as atividades no canteiro. Como quinta-feira era dia de pagamento do pessoal do canteiro, trabalhavam apenas os funcionários da área corporativa. Em nota, a Norte Energia e o CCBM, disseram que as reivindicações apresentadas pelos manifestantes estão fora do âmbito das competências da empresa, muito além de uma pauta referente à Usina Hidrelétrica Belo Monte. Para resolver o impasse, a empresa informa que "já contatou os órgãos governamentais envolvidos nos assuntos da pauta dos ocupantes e confia numa desocupação o mais rápido possível da área".