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Governo deve recuar em partes polêmicas da MP dos Portos

08:29 | 14/05/2013
Pivô do entrave em torno da votação da MP dos Portos, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), foi convocado no final da tarde de segunda-feira, 13, para uma reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Ao retornar do encontro, Cunha se limitou a dizer ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que apenas trataram de questões "técnicas". Em seguida, ele se reuniu com integrantes da bancada do PMDB para apresentar os pontos em que o governo teria aceito negociar. Além do peemedebista, também participaram da reunião integrantes do PSC e do DEM.

Entre os trechos que o governo teria sinalizado que cederá está o que trata das Docas estaduais, que devem permanecer sob o comando dos governadores. Essa era uma das reivindicações do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que não queria perder o gerenciamento do Porto de Suape. Segundo o Broadcast apurou, Cunha também informou aos deputados que o governo aceitou que os contratos feitos depois de 1993 poderão ser prorrogados pelo período igual ao dos contratos. Um dos pontos que não avançaram foi o que trata dos trabalhadores dos portos. Depois da reunião com os deputados, encerrada às 22h30, Cunha ainda iria voltar a se reunir com Michel Temer para os últimos acertos para a votação desta terça-feira, 14, pela manhã.

As discussões no Jaburu não contaram com a presença da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Na mesma hora, ela se reunia com líderes da base aliada na Câmara para tentar chegar a um acordo em relação à proposta. "Ali foi discutido apenas abobrinhas. A ministra jogou para a plateia para dizer que ainda estava participando das negociações, mas não está", disse um deputado da base aliada após o encontro de segunda-feira, 13, à noite, que não quis se identificar.

A votação da MP está prevista para ocorrer nesta manhã após ser adiada por duas vezes. Depois de passar pela Câmara, a matéria ainda precisa ser votada no Senado até a quinta-feira, 16, quando a MP perde o prazo de validade.

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