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Fipe prevê IPC de 0,35% em maio, ante 0,28% em abril

13:26 | 03/05/2013
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) deve fechar o mês de maio com uma taxa de 0,35%, acima da alta de 0,28% de abril. A previsão é do coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, durante entrevista na sede da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para detalhar os números do mês passado.

Segundo ele, a expectativa leva em conta a estimativa de aceleração nos preços dos alimentos industrializados e dos semielaborados dentro do grupo Alimentação. Os itens in natura, por sua vez, disse o economista, poderão desacelerar. "A configuração do grupo Alimentação no decorrer de abril não mudou tanto. A única importância a se notar é que os industrializados já subiram e ainda estão em alta na ponta (pesquisas semanais), enquanto os semielaborados estão apresentando queda mais suave. Os in natura podem desacelerar mais", estimou. No fechamento de abril, o grupo Alimentação teve alta de 0,20%, de 0,77% em março, e devem fechar maio em 0,45%.

A despeito da previsão de aumento no ritmo de alta dos alimentos industrializados e semielaborados, os in natura vão ajudar no arrefecimento do grupo em maio. Segundo ele, a desoneração de PIS/Cofins de alguns produtos da cesta básica ajudou na desaceleração de Alimentação em abril, mas parece que perdeu força. NO IPC de abril, os industrializados tiveram alta de 0,09%, enquanto os semielaborados cederam 1,85%. "O impacto da cesta básica em abril já está bem claro, mas esse efeito significativo deve desaparecer. O movimento de queda e de desaceleração (dos preços de produtos da lista) está passando", avaliou.

Segundo Costa Lima, apesar do fim do repasse da queda da tarifa de energia no IPC de abril ser evidente, o grupo Habitação ainda continuará com taxa baixa, podendo fechar o mês com alta de 0,08%, contra 0,25% em abril, devido à redução de PIS/Pasep recentemente e ao recuo nas tarifas de telefonia. Por outro lado, o grupo Saúde deverá pressionar o IPC para cima, em razão ao aumento de até 6,31% nos preços dos remédios.

"Tem efeito que vai ajudar em Habitação que é a queda na tarifa de telefone fixo para celular. Saúde terá pressão dos medicamentos, enquanto Transportes e Vestuário devem ficar mais ou menos estáveis. Já Despesas Pessoais devem ficar com taxa um pouco mais alta, por conta de passagem aérea e pacotes de viagem", afirmou.

De acordo com a Fipe, Transportes devem fechar maio em 0,36% (de 0,28% em abril); Despesas Pessoais em 0,54% (de queda de 0,12%); Saúde em 0,94% (de 1,31%); Educação em 0,10% (de 0,18%); e Vestuário em 0,40% (de 0,19% em abril). Para o encerramento do ano, a projeção da Fipe de IPC de 5,00% foi mantida.

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