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Após bate-boca, Eduardo Cunha quer cassar Garotinho

13:22 | 09/05/2013
O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), afirmou na manhã desta quinta-feira, 9, que vai pedir ao presidente do seu partido, o senador Valdir Raupp (RO), que entre com um pedido de abertura de processo de cassação contra o líder do PR na Casa, Anthony Garotinho (RJ). Na sessão da noite de quarta-feira, 8, do plenário da Câmara, Cunha e Garotinho protagonizaram uma troca de acusações por causa de uma emenda que o peemedebista apresentou à Medida Provisória 595/2012, a MP dos Portos, que contaminou o ambiente político e foi um dos motivos que provocou o adiamento da votação.

A discussão começou quando Garotinho criticou a proposta de Cunha de propor uma emenda que reunia dez propostas feitas individualmente por parlamentares do seu partido, do PP, do PDT, do PSB e até do PT e que desfigura radicalmente o texto da MP aprovado na comissão mista.

"Não votarei nesta emenda aglutinativa. Esta emenda aglutinativa deveria ter outro nome. Esta não é a MP dos Portos. Eu vou dizer e assumo, está é a MP dos porcos, essa MP está cheirando mal, não está cheirando só mal não, está podre. Eu digo e assumo", afirmou o líder do PR.

Logo após, Eduardo Cunha rebateu Garotinho e disse que a sua emenda era uma junção de destaques apresentados por parlamentares de vários partidos, como o PDT, PP, PSB, PSC e DEM. "A quem interessa o tumulto? A quem não interessa votar", destacou. Ele acusou Garotinho de tentar macular a imagem de todos os que integraram a emenda e cobrou a instalação de um processo de quebra de decoro parlamentar contra o líder do PR.

O líder peemedebista disse que "talvez" fizesse o pedido contra Garotinho hoje. Cunha afirmou que o pedido de abertura de processo disciplinar não será apenas feito pelo PMDB e que buscará apoio de outros partidos da base aliada. No bate-boca, ele disse que iria questionar a conduta do colega da bancada do Rio de Janeiro.

Eduardo Cunha ressaltou que só não pede logo a abertura de processo sozinho porque, regimentalmente, quando o pedido é feito por um parlamentar, ele segue para a Corregedoria da Câmara, que faz uma investigação prévia para, se encontrar indícios, remeter ao Conselho de Ética. Se for subscrito por um partido político, o pedido de abertura de processo tem um rito abreviado e segue diretamente para o conselho.

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