Para teles, uso do 4G vai desafogar tráfego de dados 3G
"O cliente do 4G tem um perfil de maior uso de dados, que paga mais pelo serviço, deixando o tráfego em 3G mais livre. O 4G, naturalmente, vai trazer uma melhora ao 3G", declarou Levy à Agência Estado.
Segundo ele, o setor ampliou os investimentos para dar conta do aumento da demanda por serviços de dados, que têm como um de seus principais gargalos a dificuldade para a instalação de novas antenas radiobase. Uma nova lei está em tramitação no Congresso para facilitar a construção da infraestrutura.
Levy afirmou, porém, que o setor conseguiu dobrar a velocidade de instalação de novas antenas desde o ano passado, e que vem negociando com alguns municípios uma flexibilidade para a construção da infraestrutura necessária para ampliar o tráfego de dados. O dirigente ressaltou que hoje "o País está ativando um smartphone por segundo" e, ao mesmo tempo, reduzindo o custo das tarifas cobradas dos usuários. "Isso gera um bom desafio para o setor", afirmou.
Para ele, as teles seguirão investindo na melhoria dos serviços, sob pena de perda dos clientes para a concorrência. "Estamos próximos de atingir os objetivos de meta de qualidade. Mesmo com as dificuldades, a rede está trafegando numa velocidade melhor", avaliou. Segundo Levy, a medição dos índices de qualidade dos serviços das teles, por parte da Anatel, também evoluiu.
Empresas
Por meio das assessorias de imprensa, as teles informaram que estão analisando o teor da medida, assim como os requisitos técnicos para o enquadramento dos aparelhos dentro da desoneração.
A TIM afirmou que vai entrar em contato com os fabricantes para verificar os procedimentos necessários para a adoção dos benefícios e possível redução dos preços dos smartphones em suas lojas.
A Telefônica/Vivo afirma que tomará as providências e realizará os ajustes necessários para repassar o benefício aos clientes.
A Oi também apoia a medida e avalia que a desoneração vai democratizar o acesso ao serviço de internet móvel no País.