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Operários paralisam quarta obra da Copa em Fortaleza

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba- Mucuripe tiveram os trabalhos interrompidos nesta sexta-feira, 19

08:54 | 19/04/2013
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Atualizada às 9h20

Os trabalhadores da construção pesada paralisaram na manhã desta sexta-feira, 19, as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba- Mucuripe, passando pela Arena Castelão. Esta é a quarta obra da Copa do Mundo com os trabalhos interrompidos pela categoria. Os operários terão uma reunião às 10h para tentar novas propostas.

Na próxima segunda-feira, 22, o prefeito Roberto Cláudio deverá receber a categoria para negociar e tentar resolver a situação, segundo informações do blog do Eliomar. No ano passado, a paralisação da categoria durou 31 dias.

Na última terça-feira, 16, as obras do aeroporto foram paralisadas. Na quarta, 17, foram as de mobilidade no entorno do Castelão. Na quinta-feira, 18, os operários cruzaram os braços nos túneis do Iguatemi.

Negociação

Sobre a greve dos trabalhadores da construção, o secretário especial da Copa de Fortaleza, Domingos Neto, disse ao blog do Eliomar que o prefeito Roberto Cláudio deverá receber comissão do sindicato para tentar resolver o impasse aberto com a falta de negociação com o sindicato dos empresários.

Nesta sexta-feira, 19, o secretário Domingos Neto terá encontro com donos da empreiteira e do sindicato dos trabalhadores numa tentativa de buscar acordo para encerrar a paralisação. Os trabalhadores querem 25% e o a contrapartida é de é de 8,83%.

“Estamos tentando ampliar os benefícios dos trabalhadores”, adianta o secretário Domingos Neto.

Reajuste

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem (Sintepav/CE) reivindica reajuste de 25%, R$ 250 reais de cesta básica. Eles pedem ainda reajuste do valor das horas extras, melhorias nas condições de trabalho, além de benefícios, como plano de saúde.

Já o sindicato patronal, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicom) oferece reajuste de 8,83%,e R$ 70 de cesta básica.

O presidente do Sintepav, Raimundo Nonato Gomes, disse que houve a tentativa de negociação, mas o diálogo entre as categorias não foi possível. "Tentamos de todas as formas negociar os benefícios. Quando a gente entendeu que o sindicato patronal estava ganhando tempo, fazendo a gente passar horas numa mesa de negociação e não avançar, começamos a passar para a categoria, e ela entendeu que era hora de parar obras", explicou.

Gomes disse ainda que a categoria entende que a cidade precisa das obras, mas querem também ter seus direitos garantidos. "Entendemos que nós precisamos das obras, tem muita coisa para vir, mas não podemos deixar de dividir o que as empresas estão ganhando. Sabemos que a fatia do bolo tem que vir para os trabalhadores", disse.

Viviane Sobral, Teresa Fernandes

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