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Inflação espelha término da queda da conta de energia

13:51 | 09/04/2013
A inflação de 0,72% no varejo em março, dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), reflete o fim da contribuição da queda da tarifa de energia elétrica. Com isso, o grupo Habitação avançou 0,74% em março, ante recuo de 1,28% registrado em fevereiro. A variação de preços da energia passou de -13,91% para 0,82% no mesmo período.

Outro impacto de alta veio do grupo Vestuário, que acelerou de -0,32% para 0,81% por causa do aumento da demanda e do fim de um período de promoções antecipadas, em fevereiro. Na contramão, ficou Transporte, que desacelerou de 1,22% para 0,34%, passado o efeito da subida da gasolina, assinalada no mês anterior. A inflação do combustível saiu de 5,02% para 0,12%.

Em apresentação sobre o IGP-DI de março, o superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o economista Salomão Quadros, afirmou que, no futuro, o reajuste do pedágio de rodovias de São Paulo, estimado em 10%, deverá ter peso de 0,012 ponto porcentual na inflação do varejo. Esse movimento "não é desprezível", de acordo com Quadros, mas não causa um impacto importante no custo logístico. No atacado, o abalo é ainda menor, equivalente a 30% do total do varejo. Ele afirmou também que, em 12 meses, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) não deve atingir, no curto prazo, o teto da meta do governo, de 6,5%. Em março, a taxa foi de 6,16%.

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