Inflação espelha término da queda da conta de energia
Outro impacto de alta veio do grupo Vestuário, que acelerou de -0,32% para 0,81% por causa do aumento da demanda e do fim de um período de promoções antecipadas, em fevereiro. Na contramão, ficou Transporte, que desacelerou de 1,22% para 0,34%, passado o efeito da subida da gasolina, assinalada no mês anterior. A inflação do combustível saiu de 5,02% para 0,12%.
Em apresentação sobre o IGP-DI de março, o superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o economista Salomão Quadros, afirmou que, no futuro, o reajuste do pedágio de rodovias de São Paulo, estimado em 10%, deverá ter peso de 0,012 ponto porcentual na inflação do varejo. Esse movimento "não é desprezível", de acordo com Quadros, mas não causa um impacto importante no custo logístico. No atacado, o abalo é ainda menor, equivalente a 30% do total do varejo. Ele afirmou também que, em 12 meses, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) não deve atingir, no curto prazo, o teto da meta do governo, de 6,5%. Em março, a taxa foi de 6,16%.