Economia global ainda enfrenta problemas, diz Mantega
Segundo ele, a decisão coletiva dos países deveria ser estimular a demanda doméstica. "Não haverá recuperação global se todos os países procurarem, ao mesmo tempo, mercados estrangeiros. É nossa demanda interna que compensará os impactos contracionários oriundos dos mercados internacionais."
No documento, o ministro observou ainda que na economia mundial "não é possível declarar incontestavelmente que o pior já passou" . Ele admitiu que a perspectiva melhorou em relação à última reunião anual do FMI e do Banco Mundial, em outubro passado, em Tóquio. Disse também que os mercados financeiros estão menos voláteis e que a economia dos Estados Unidos está melhorando gradualmente.
Apesar dos progressos, Mantega manifestou "permanecer preocupado com o mix de políticas macroeconômicas na maioria dos países avançados". Na visão dele, os mercados emergentes estão enfrentando os desafios relativos à "superabundância de liquidez internacional" com medidas saudáveis e pragmáticas, evitando desequilíbrios que poderiam obstruir o dinamismo de suas economias no médio prazo.
Quanto ao mix de políticas macroeconômicas que o deixam preocupado, Mantega citou que uma política fiscal expansionista pode ser mais eficiente do que a política monetária como uma ferramenta para reaquecer a demanda e a atividade econômica. "Maior investimento público, incluindo em infraestrutura, combinado com políticas para estimular o investimento privado, pode ser a melhor maneira para promover a recuperação."