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S&P rebaixa rating do Chipre

18:01 | 21/03/2013
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating soberano de longo prazo do Chipre para CCC, de CCC+, com perspectiva negativa. O rating de curto prazo foi afirmado em C.

Segundo a S&P, o rebaixamento reflete os sérios problemas do setor bancário cipriota, que desde o início de 2012 vem sofrendo perdas. "Nossa expectativa é de que os dois maiores bancos do Chipre, juntos, precisarão de 10 bilhões de euros em injeção de capital", diz o relatório da agência. "Uma vez que os ativos do problemáticos setor bancário cipriota correspondem a mais de cinco vezes o PIB (Produto Interno Bruto) do país, consideramos que o rating de crédito do Chipre está completamente ligado ao seu sistema bancário."

A agência criticou o fato de o Parlamento cipriota ter rejeitado a proposta de imposto sobre depósitos bancários para obter os 5,8 bilhões de euros necessários sob os termos do acordo de resgate com a troica - Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia. A S&P reforçou, no entanto, a crença de que o Eurogrupo está determinado a definir um acordo com as autoridades cipriotas.

O relatório alerta que, sob as atuais pressões econômicas e financeiras, os termos de qualquer pacote de resgate provavelmente serão impopulares e desafiadores. "Como consequência, acreditamos que os riscos de um default soberano estão aumentando", afirma. Outro risco citado pela S&P é a possibilidade de uma retirada em massa de depósitos aprofundar a recessão econômica e criar a imposição de controles de capital, além de aumentar a necessidade de apoio adicional aos bancos.

Esse cenário levou a agência a revisar para baixo sua perspectiva para o crescimento do PIB este ano, projetando contração de 6%, uma vez que o possível imposto sobre depósitos bancários deve enfraquecer a demanda interna no curto prazo.

A S&P alertou também que o rating do Chipre pode sofrer um novo rebaixamento se o governo não for capaz de alcançar um resgate em breve. "Mesmo que um acordo seja garantido, também poderemos rebaixar o rating no decorrer do ano se avaliarmos que o governo não será capaz de cumprir as condições do programa", afirmou. As informações são da Dow Jones.

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