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Rendimento de mulheres subiu 5,8% na RMSP, diz Seade

11:50 | 06/03/2013
O rendimento médio real por hora no mercado de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu mais para as mulheres do que para os homens na passagem de 2011 para 2012, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e feito em razão do Dia Internacional da Mulher, celebrado na sexta-feira (8). Para as mulheres, o valor por hora ficou em R$ 8,24 em 2012, alta de 5,8% ao verificado em 2011. Já para os homens passou a equivaler a R$ 10,70, avanço de 5,2% na mesma base de comparação.

No entanto, segundo a pesquisa, essa pequena diferenciação no ritmo de crescimento dos rendimentos do trabalho pouco impactou na aproximação entre os rendimentos feminino e masculino: em 2011, o rendimento médio por hora das mulheres correspondia a 76,6% do recebido pelos homens, proporção que passou para 77% em 2012.

A taxa de desemprego total das mulheres em 2011 e 2012 permaneceu estável em 12,5%, a menor da última década, enquanto a dos homens subiu de 8,6% para 9,4% no mesmo período, o segundo aumento nos últimos dez anos - também houve avanço na passagem de 2008 para 2009, de 10,7% para 11,6%.

Serviços

O avanço da taxa de participação feminina no mercado de trabalho da RMSP, que passou de 55,4% em 2011 para 56,1% em 2012, deveu-se principalmente ao desempenho positivo dos serviços. O porcentual de participação das mulheres no setor de serviços avançou 3,8% na passagem de 2011 para 2012. Segundo o levantamento, apesar de a construção ter registrado alta de 6,8%, ainda é muito reduzida a presença feminina nesse setor - apenas 0,8% -, enquanto nos serviços é de 69,8%.

Já a taxa de participação masculina no mercado de trabalho da RMSP ficou praticamente estável, ao passar de 71,3% em 2011 para 71,5% em 2012. O aumento do nível de ocupação para os homens também se concentrou nos serviços (2,8%) e na construção (3,9%).

De acordo com a pesquisa, para ambos os sexos houve queda no nível de ocupação na indústria de transformação e no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Em relação às mulheres, o decréscimo na indústria de transformação (-2,6%) e no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,1%) foi mais intenso do que para os homens (-1,1% e -2,4%, respectivamente).

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