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Para comércio, decisão do BC revela cautela com preços

21:21 | 06/03/2013
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) avaliam que a decisão do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros no piso histórico de 7,25% ao ano era esperada. Para as duas entidades, a manutenção do patamar revela que o governo não deve usar a taxa básica de juros como "um remédio para conter a inflação".

Para a CNDL e o SPC Brasil, o anúncio do BC demonstra certa cautela do governo brasileiro que, a partir de agora, deve aguardar os desdobramentos da economia, sobretudo se a alta dos preços dará ou não sinais de trégua nos próximos meses.

"Embora o comércio vivencie um momento de crescimento nas vendas e de queda da inadimplência, o consumo das famílias não pode ser o único pilar de sustento da economia brasileira", cita nota divulgada pelas entidades na noite desta quarta-feira.

FecomercioSP

A decisão da autoridade monetária é coerente com a função do Banco central, de defender a estabilidade da moeda, declara em comunicado a Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP). "Por muitos meses o Banco Central não se pronunciava oficialmente sobre o tema, mas identificou que, ao explicitar sua posição, torna mais evidente seu esforço na manutenção do poder de compra da moeda", diz a nota da entidade.

A instituição afirma ainda entender que "a situação da instituição não é das mais simples, pois é preciso lidar com a necessidade simultânea de manter o IPCA controlado e ao mesmo tempo reduzir o custo da dívida e estimular a economia que vem crescendo a um ritmo bastante baixo".

ACSP

Para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a decisão do Comitê foi acertada, tendo em vista o baixo nível de crescimento da economia. "Embora a inflação esteja pressionada, os indicadores mostram que o nível de atividade ainda está fraco", diz Rogério Amato, em nota da associação. Segundo ele, o combate à inflação deveria se restringir neste momento à política fiscal, com menos gastos do governo. Isso evitaria, avalia, que o consumo fosse prejudicado, bem como os investimentos.

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