A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se posicionou contra os salários excessivos de altos executivos em uma entrevista publicada no jornal Freie Presse, pressionando a realização de um debate na Europa sobre a possibilidade de limitar salários elevados.

"Em uma sociedade livre e social, não deveria haver exorbitância", disse a chanceler, acrescentando que ela apoia os planos da União Europeia para limitar salários extremamente altos no setor financeiro.

No início de março, os ministros das Finanças da União Europeia (UE), com exceção do ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, concordaram em prosseguir com medidas separadas da UE para limitar bônus para banqueiros para não mais que duas vezes seus salários regulares.

Na terça-feira, a coalizão governista da Alemanha disse que introduzirá legislação para dar os investidores mais controle sobre pagamentos de executivos.

Na entrevista ao jornal, Merkel defendeu níveis de salário mínimo estabelecidos pela administração das empresas e sindicatos, "mas não uma solução coletiva, na qual a política atribui o mesmo (nível salarial) para todas as regiões e todos os setores."

Merkel, cujos adversários políticos esquerdistas estão pedindo um salário mínimo nacional em suas campanhas para as eleições gerais em setembro, afirmou ao jornal que os níveis salariais mínimos que levam as diferenças regionais e setoriais em conta são "mais razoáveis" do que um salário mínimo nacional politicamente determinado. As informações são da Dow Jones.