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Kim, do Bird, prevê Brasil com expansão de 3,5% no ano

17:54 | 05/03/2013
O presidente do grupo Banco Mundial (Bird), Jim Yong Kim, acredita na retomada do crescimento no Brasil e aposta que a economia crescerá 3,5% este ano, depois de números "desapontadores" em 2012. "Eu entendo a decepção com os números do crescimento, mas muito disso tem a ver com fatores externos", disse Kim. "Para este ano, nossa expectativa é de 3,5%. Realmente esperamos uma retomada do crescimento." No ano passado, o Brasil cresceu apenas 0,9% em relação ao ano anterior.

Na opinião dele, "o crescimento que nós vimos no Nordeste é encorajador. Acreditamos que o investimento que vemos agora assenta as bases para o futuro". Kim visita o Brasil desde segunda-feira (04), quando esteve em Salvador, conhecendo projetos financiados pelo Banco Mundial e pela Corporação Financeira Internacional (IFC), o braço do Bird que empresta para empresas. Nesta terça, em Brasília, ele se encontrou com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na visita ao País, Kin ainda terá encontros com a presidente Dilma Rousseff e autoridades do Rio de Janeiro, por onde passa antes de ir embora.

Kim defendeu medidas econômicas que viabilizem o crescimento no longo prazo, mesmo durante a crise financeira internacional, e pressionou os países emergentes a construir ou atualizar os instrumentos de proteção contra turbulências financeiras. Segundo ele, o Brasil tem sido pioneiro em programas de distribuição de renda e proteção social, que asseguram estabilidade.

De acordo com Kim, quando há crescimento sem inclusão social, a sociedade pode experimentar períodos de instabilidade, como visto durante a Primavera Árabe. Ele destacou o programa Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria como exemplos de investimento em capital humano que preparam as bases para o desenvolvimento econômico mais à frente. "O compromisso deste governo com estas políticas tem sido impressionante."

Apesar de se dizer bastante preocupado com os impactos dos cortes automáticos de orçamento nos Estados Unidos, o presidente do Banco Mundial disse que é impossível, neste momento, avaliar o real significado do chamado "sequestro fiscal". Ele preferiu chamar atenção para os avanços obtidos nos últimos dez meses, que antes pareciam inalcançáveis, como a permanência da Grécia na zona do euro, por exemplo.

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